Por Gilberto (Esp.) / Rita Foelker
A despeito do rigor com que se consideram certas regras para a prática mediúnica, a mediunidade não necessariamente se lhes submete.
Nos trabalhos mediúnicos, sempre será necessária uma certa flexibilidade, não quanto aos princípios espíritas que norteiam as ações, nem quanto à moral de médiuns e Espíritos, mas quanto aos procedimentos arbitrados como os melhores para circunstâncias específicas.
É importante que o médium possa sentir-se confortável em seu raio de ação, que não seja tolhido por pareceres que nada têm de doutrinários e que possa, se sentir tal impulso, levantar-se, gesticular, falar com mais veemência, aproximar-se de um dos presentes, desde que nenhuma destas atitudes denote descontrole sobre si mesmo e predomínio de um Espírito que vem somente tumultuar.
Se mediunidade é expressão de pensamentos, porque não expressá-los (se o médium tiver condições) de forma mais completa, associando-se, à palavra falada, as expressões faciais e gestuais que nos possibilitem compreender melhor o modo de ser da criatura que nos fala e que conta, para ser compreendido, unicamente com os recursos oferecidos pelo médium e a harmonia do ambiente construído pelo grupo?
Muitas vezes, além dos médiuns, os Espíritos se veem prisioneiros de normas rígidas impostas por dirigentes avessos à espontaneidade e ao novo. Revelam, estes irmãos encarnados, a impressão da própria incapacidade para administrar situações que fujam da rotina. Sob a justificativa do zelo pela prática espírita genuína, amarram e amordaçam criaturas que tantas vezes, só desejam expandir seu carinho e sua afetividade.
A comunicação mediúnica e a expressão do Espírito não são somente verbais, não podem ser reduzidas a palavras ditas ou escritas. Somos seres integrais, exteriorizando aquilo que somos em nossos fluidos, emoções, pensamentos, sentimentos e atos.
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