Por Gilberto (Esp.) / Rita Foelker
Costuma-se chamar de grupo, qualquer reunião de pessoas envolvidas em alguma atividade.
Quando se trata de grupos mediúnicos, alguns apontamentos importantes deverão ser feitos. Um grupo mediúnico começa com pessoas que se identificam por um certo perfil: por participarem de estudos da casa espírita, por terem ouvido falar do Espiritismo ou por terem curiosidade de conhecer as atividades dos médiuns, porque sofreram alguma perda e procuram o conforto da comprovação da imortalidade, por terem sentido sinais da eclosão da mediunidade e precisarem entender e lidar com esta nova condição... Enfim, são levadas por razões bastante diversificadas e têm objetivos pessoais definidos.
Para integrar a equipe encarnada dos trabalhos com a mediunidade, contudo, hão que estar cientes de alguns fatores decisivos para o êxito e a qualidade dos resultados obtidos.
Primeiro, é importante que, num grupo mediúnico, ninguém se considere um mero espectador, nem participe por razões estritamente particulares. Nossa participação também consiste na cota indispensável de sentimentos e pensamentos, que oferecemos antes, durante e depois da reunião, em favor de todos os encarnados e desencarnados, sejam atendentes ou atendidos.
A formação do grupo leva em conta as características do trabalho que se pretende realizar, seja experimentação, estudo ou socorro a Espíritos necessitados. Seja qual for a natureza do trabalho, sempre possui funções específicas e os participantes precisam buscar colaborar da melhor maneira possível, naquela em que melhor se adaptem.
Em geral, um grupo recém-formado tem pessoas desempenhando vários papéis, mas quando ele amadurece e cada um descobre sua tendência, é natural que se especialize nas funções de médiuns de transe, aplicadores de passes, dialogadores ou médiuns de sustentação, e é desejável, mesmo, que procure se aperfeiçoar na função que escolheu. Com isto, tanto a pessoa quanto o grupo só têm a ganhar.
Durante a reunião, mesmo que momentaneamente não esteja desempenhando sua tarefa, é necessário que se mantenha mentalmente ligado e alerta, interessando-se pelos diálogos e fenômenos que se processam, ajudando com pensamentos aquele que conversa com o irmão desencarnado, pondo-se atento às intuições superiores que receber e com que possa contribuir. O tédio e o alheamento ao ambiente e às comunicações levam à dispersão de pensamentos, à sonolência e à diminuição da qualidade do ambiente, com sérias conseqüências: ou diminuindo a qualidade do atendimento socorrista, ou limitando o aproveitamento das experiências e estudos, se esse for o caso. Se preferir, então, que o integrante do grupo escolha um item de seu interesse para observar no sentido de aprender mais, como a forma de abordagem dos Espíritos, o processo das comunicações, a atuação dos médiuns ou as mudanças no ambiente fluídico.
Todo esforço que vise aumentar a harmonia entre os participantes não será poupado, as razões de desentendimento serão logo identificadas e sanadas; todos os Espíritos e todas as pessoas serão tratados com respeito e cordialidade nascidas do fundo desejo de criar um clima de serenidade e confiança mútua.
Da sintonia com os Dirigentes desencarnados resultarão encaminhamentos interessantes para as atividades desenvolvidas, lembrando que eles também compõem o grupo da reunião: colaboram, instruem e auxiliam de inúmeras maneiras, podendo ser consultados sempre que necessário.
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