Por Gilberto (Esp.) / Rita Foelker
O médium tem participação ativa nas comunicações dos Espíritos e no contexto da reunião.
Nas comunicações, dizer que o médium oferece aos Espíritos "passividade" cria, algumas vezes, ensejo a um equívoco de interpretação.
O médium não se anula, não abdica de sua vontade, nem de seu autodomínio; não atua como um aparelho telefônico sem qualquer influência no processo de intercâmbio com a Espiritualidade.
Passividade significaria, outrossim, que o médium abre o campo mental e, confiando na orientação superior dos trabalhos, permite-se assimilar as ondas mentais e magnéticas de criaturas presentes, para que possam expressar suas necessidades e opiniões, abstendo-se de interferir, de interpor suas próprias ideias às apresentadas pelas entidades comunicantes.
As conquistas intelectuais e morais do médium têm capital importância na qualidade das comunicações e no próprio comportamento dos Espíritos comunicantes, seja qual for a classe a que pertençam. Afinal, a sua qualidade fluídica também se transmite ao Espírito a ele ligado.
Se os pensamentos pertencem aos desencarnados, do médium procede todo o arcabouço linguístico.
Também os bloqueios, inibições e outras peculiaridades de sua psicologia afetam decisivamente a produção mediúnica e a inteligibilidade das ideias expostas.
Na reunião, o médium compenetrado de suas funções atua como o fiel da balança do equilíbrio, identificando perturbações no ambiente, registrando as inspirações dos Espíritos Orientadores, atendendo ao chamado intuitivo para um socorro mais adequado a certas ocorrências e expondo suas impressões e sensações que podem auxiliar nas avaliações a que toda tarefa deve se submeter, de tempos em tempos.
Ao médium, como aos demais participantes, cabe pronunciar-se a respeito das sensações e sentimentos atuais ou posteriores à reunião, dos procedimentos que achar inadequados, oferecendo sugestões sempre no sentido de melhoria do desempenho da tarefa em seus múltiplos aspectos.
Como se vê, o papel do médium pouco tem de passivo, observando-se apenas que suas palavras tenham sempre o condão do amor e o objetivo de servir, na construção da harmonia coletiva.
Este ponto da linguagem tem que ser sempre esclarecido,pois causa muita desconfiança para os leigos no assunto.
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