Por H.D.T. (Esp.)/Rita Foelker
Líderes da Primeira Cruzada: Godfrey, Tancred, Raymond e Bohemund |
Quando os homens não se sentem suficientemente fortes e preparados para o
embate consigo mesmos, eles costumam fortalecer-se nos embates com seus
semelhantes.
Esses embates precisam de um motivo e de uma motivação. O
motivo é a inimizade criada por algum tipo de oposição político-ideológica –
nas situações mais elaboradas – ou pelo puro interesse pessoal – em escala mais
restrita.
A motivação é uma pretensa necessidade inventada e
eventualmente inflamada pelos discursos.
Combater o outro é uma espécie de treino de força e
habilidade. Tais habilidades não serão perdidas na jornada, embora possam ser
mal aplicadas e gerar efeitos que mais infelicitarão que apaziguarão.
A própria palavra do Cristo foi transformada em bandeira,
levantando pessoas contra pessoas.
Nesse exercício de insanidade, buscam-se definir quem são os
superiores, frente aos inferiores. Os fortes, perante os fracos. Os vitoriosos,
enfim, sobrepujando e humilhando os derrotados.
As palavras e a mensagem do Cristo, contudo, assim como as
grandes orientações espirituais recebidas pela Humanidade em diferentes lugares
e momentos, jamais serão limitadas ao uso dos insensatos. Elas continuarão
luminosas e cristalinas, por serem a expressão das verdades contidas nas leis
do Amor. O Amor jamais dividirá, jamais escolherá um para ser melhor que outro,
jamais aceitará destruir em nome da sua supremacia. O Amor é e sempre foi, em
si mesmo, o mandamento supremo e a única efetiva lei sobre como viver.
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