Não quero mais dizer o que sou – cristã, "pagã", espírita,
simpatizante do que quer que seja... Não quero me fixar em denominações
religiosas ou doutrinárias que, para me definir, apartam as pessoas e fazem com
que se olhem de maneira diferente. Com que se sintam estranhas ou me olhem
estranhamente.
Sou uma estudiosa do espiritismo, cujas bases filosóficas
formam meu entendimento da vida. Estudei um tanto e estou tão convencida da
lógica e acerto dessa visão, que às vezes escrevo e faço palestras. Mas não me
classifique, porque eu não quero participar de mais uma divisão inventada pelos seres
humanos.
Tem algumas coisas em que acredito plenamente, dentro de
mim, que formam a minha fé a respeito da vida.
Eu acredito na bondade humana como essência comum a todos os
seres, como semente a ser desenvolvida. Acredito em ser feliz e também no
provérbio africano que diz que é preferível ser feliz a ser rei... e penso que é melhor ser livre do que chegar em primeiro lugar.
Como Lya Luft, estou certa de que “se cada um cultivar
afeto, beleza e lealdade em seu ambiente, por pequeno que seja, isso há de
espalhar claridade no mundo”. Levo isso a sério.
Como Luther King, não penso que seja preciso visualizar a
escada inteira pra escolher subir o primeiro degrau. Basta sentir que se está
mesmo subindo...
Em nome do que acredito, procuro ser coerente naquilo que
digo e faço. Sei que falho algumas vezes, mas não desisto, porque também sei
que um dia vou ser melhor do que sou hoje. Todos vamos ser.
Nenhum comentário:
Postar um comentário