sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Utilidade, verdade e bondade


Por Gilberto (Esp.)/Rita Foelker

Uma das questões mais importantes das reuniões mediúnicas é avaliar as comunicações recebidas. A mediunidade é um canal aberto à expressão das mais diferentes ideias, provenientes dos Espíritos distribuídos entre diferentes graus evolutivos, os quais se pode conhecer pela Escala Espírita1.
Apenas o desejo de receber boas comunicações e a boa intenção não se mostram suficientes para garantir a seriedade dos Espíritos e a veracidade do que trazem.
Distante de conhecimentos básicos dos princípios que regem a vida espiritual, qualquer grupo pode se enganar quanto ao valor das mensagens que recebe.
Portanto, aos grupos mediúnicos não podem faltar os critérios mínimos de análise das mensagens. E quais seriam estes critérios, os quais confeririam segurança de poder decidir pela aceitação ou não das opiniões e orientações emitidas por via mediúnica?
Vamos recorrer à sabedoria de Sócrates, homenageada pela crônica do Irmão X intitulada “Os Três Crivos”2. Podemos aplicar, então como critérios:
Utilidade. Os Espíritos elevados somente se comunicam para transmitir informações e orientações úteis, não desperdiçando oportunidades preciosas com palavras repetitivas e mensagens óbvias. Quando vêm a nós, colimam um objetivo, seguindo até ele de forma clara. Não elogiam inutilmente, mas trazem palavras de estímulo aos que abraçam a tarefa com dedicação e sinceridade. Suas mensagens sempre apresentam um fim prático.
Verdade. Também trazem a verdade para nos aproximar da verdade. Suas proposições sempre suportam o exame da lógica e a confrontação com os fatos. A verdade é o espelho do pensamento dirigido ao Bem, no qual não teme contemplar-se. As suas mensagens sempre satisfazem à Razão, constituindo-se em exemplos de bom senso.
Bondade. As palavras dos Benfeitores Espirituais vêm sempre coroadas pelo halo do Amor. Suas orientações não buscam dividir as criaturas, porém uni-las; não ressaltam seus “defeitos”, mas fazem descobrir qualidades; sempre visam confortar o coração criando proximidade, e não distanciamento. E são sempre expressões do mais elevado Sentimento.
Não desejamos substituir as recomendações de Kardec, que sempre se fazem oportunas aos grupos que encaram com seriedade o compromisso que assumiram. Apenas resumimos, no intuito de destacar sua essência e reafirmar sua importância para tantos quantos se dedicam aos labores da mediunidade.

1 (Nota da Médium) Ver O Livro dos Espíritos, questão 100 – Escala Espírita.
2 (N. M.)Ver o livro Cartas e Crônicas, do Irmão X, Edição FEB.

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