Nos dias que passam, você
próprio pode saber que é um prisioneiro da teia da mente.
Você percebe isso por meio
dos pensamentos que o capturam e o engolem.
Eles vêm de um lugar que
não se consegue identificar, porque é como se estivessem de tocaia aguardando
sua distração para atacar. E então eles agarram você de modo certeiro,
tornando-se o centro de sua vida e desequilibrando todo o seu sistema, pois o
centro de sua vida era para ser a busca da sua alma e, não, a confusão da sua
mente.
E quando você se esquece da busca da sua alma, é que você é pego ou pega.
E quando você se esquece da busca da sua alma, é que você é pego ou pega.
A vida centralizada na
confusão da mente é uma vida estranha, insegura e repleta de sobressaltos que
assomam aos pequenos incômodos da experiência na Terra. A vida centrada na
busca da alma é sempre serena e consciente da luz que mostra o caminho.
O modo de lidar com
pensamentos captores, portanto, é saber, não de onde vem o atacante (o que em
geral não é possível nesse estado mental), mas o que distrai você da busca da
sua alma.
E o que distrai é a sua
distância de si mesmo. Porque uma pessoa pode viver a milhares de milhas de si
mesma e ainda sobreviver, porém, quanto mais longe, mais fracos os sinais, mais
difícil a conexão. Então você precisa de um modo de reaproximar-se de si mesmo
e de retomar a busca da sua alma.
Os antigos têm feito isso
pelos meios mais conhecidos de alcançar o transe. Mas de fato não há nenhuma
garantia de que o transe o leve para o centro de si mesmo, exceto se você
desejar humildemente e se sinceramente pedir ao Grande Espírito (Viracocha,
Deus, a força superior e bem supremo a tudo, o poder em que você acredita com o
nome pelo qual costuma chamá-lo) que o conduza. Mas então, você abre mão do
comando, que geralmente já foi entregue à confusão da mente que domina você e
faz você crer que tem o controle. E se coloca sob o controle desse poder
supremo.
Essa condição é facilmente
reconhecível, porque seu amor preenche todos os espaços do espaço e todos os
tempos do tempo e lhe permite a perspectiva de infinitude e imortalidade que
somente a alma alcança. Ele lhe dará a sensação de ser um com tudo sem deixar
de ser você. Ele lhe mostrará a verdadeira importância ou desimportância do seu
ruminar cotidiano de pensamentos.
Só assim você pode se
prevenir da distração que o torna presa de seus pensamentos e preocupações. Ele
lhe dará a visão do tamanho verdadeiro de cada coisa. Ele poderá até ajudá-lo a
cuidar dos seus problemas e preocupações, não como um homúnculo diante do
maremoto, mas como um pássaro indômito.
O que o preocupa? O que o
captura? A natureza dos pensamentos que o capturam serve para que você aprenda
sobre onde é premente que se fortaleça. Sua ação tem uma utilidade.
Então, aprenda a usar a
sua mente a seu favor e ela irá servir-lhe de ferramenta e escudo, ferramenta
para construir-se como um ser mais elevado e escudo para deixar de ser ferido
em suas próprias regiões mais frágeis, enquanto não se torna um ser mais fortalecido.
Leia também: A teia da mente.
Leia também: A teia da mente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário